Você já tentou alguma vez recuperar suas rédeas ao perceber que algum vício as tomara?
Há quem tente, e tente, e tente mais uma vez, e assim passa a vida entregando e recuperando o controle de si próprio.
Há aqueles que não se dão o trabalho, porque celebram a inutilidade do esforço diante da cruel e irreversível realidade da morte com ou sem vícios…
Há aqueles que lutam através de todos os segundos de suas vidas, durante muito, muito tempo. Pra valer.
De repente, percebem que alguma parte de si já abandonou ou foi abandonada por aquele desejo compulsivo e irracional, insistente e contagioso.
Percebem que é estranho não precisar mais daquilo que pensavam ser vital, e assim podem começar a repensar seus tempos, suas escolhas, e a respeitar a força que qualquer hábito, bom ou mau, pode alcançar.
Percebem que sem cabeça o coração fica perdido…e que pra manter a cabeça de mãos dadas com o coração, tem de haver mais dedicação à atenção!!!!
A gente pode identificar esse tipo de batalha contra o cigarro, bebida, drogas diversas (desde as que tiram, até as que trazem alucinações), pela compulsão de comida, ou de um casamento – seja qual for sua forma.
Não importa com o que, ou com quem.
Importa identificar, admitir e aceitar que além de viciados em receber migalhas, o comando prático não está nas nossas mãos.
E isso, dói.
Essa batalha não pode ser ganha sem estratégia.
Não há estratégia se o ponto de partida não for uma observação competente e honesta da verdade da nossa situação.
A verdade é sempre o único ponto de partida, e sempre o único ponto de chegada.
O corpo e a alma doem quando falta o alimento que parece saciar a compulsão.
Não sei se é pior ou melhor nessa altura do campeonato, a gente lembrar que a abstinência e o tempo necessário para realizar a perda são muito difíceis, parecem mesmo intransponíveis, mas……. passam!
Os dias passam e os pensamentos, desejos e intenções se vão com o vento, se não lhes dermos corpo.
Acredite, se há uma coisa nessa vida na qual vale a pena a gente dedicar tempo e resistência, essa coisa se chama “retomada da liberdade pessoal”